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O primeiro dia do ano remete-me,
invariavelmente, para novos recomeços. É com frequência que termino o ano
realizando um balanço dos doze meses vividos. Questiono-me acerca do que fui,
do que fiz e como, afinal, poderia ter sido e ter feito um pouco melhor, um
pouco mais. Não apenas por mim, mas sobretudo pelos outros. De facto, o meu
conceito de felicidade tem-se alterado nos últimos anos. Compreendo e sinto
cada vez melhor a ideia de que ser feliz também é – e muito! – ser e fazer algo
que provoque nos outros um sorriso e lhes conceda, nem que seja de forma ténue,
a sensação de bem-estar.
Por conseguinte, quando um novo
ano começa preparo-me para os meses seguintes – sem muitos planos; são apenas
esboços quase sempre reformulados. E o dia 1 de Janeiro é profícuo para essa
reflexão, particularmente pela comemoração que lhe está inerente: Dia Mundial
da Paz!
É verdade que na crónica do ano
passado aludi a esta celebração. Todavia, seja o leitor ou leitora
condescendente para comigo: esta data é incontornável. Pelo menos para mim;
atrevo-me a dizer que também para si, que está a ler o Chapinheiro.
Desta vez decidi por algo um
pouco diferente. Talvez imbuída pela constatação da necessidade de despertarmos
um pouco e, assim, ficarmos um pouco mais conscientes e atentos a todos os
seres que nos rodeiam. Assim, resolvi partilhar a letra de uma canção que, para
mim, é uma espécie de hino à Humanidade. Utopia ou não, sei que não sou a única
a ter este sonho tão bem cantado por John Lennon.
Imagine
Imagine
que não existe paraíso,
É fácil se tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Acima nós apenas o céu.
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o dia presente...
É fácil se tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Acima nós apenas o céu.
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o dia presente...
Imagine que não existe nenhum país,
Não é difícil de fazer.
Nada por que matar ou por que morrer,
E nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...
Não é difícil de fazer.
Nada por que matar ou por que morrer,
E nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...
Pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança que um dia
Também se junte a nós.
E o mundo será como um só.
Imagine
nenhuma propriedade,
Pergunto-me se consegue.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Pergunto-me se consegue.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Talvez
diga que sou um sonhador,
Mas não sou o único.
Eu espero que algum dia se junte a nós,
E o mundo viverá como um só.
Mas não sou o único.
Eu espero que algum dia se junte a nós,
E o mundo viverá como um só.
No final do mês, no dia 30, com o
Dia Escolar da Não Violência e Paz temos outra oportunidade para reflectir
sobre o assunto. Naturalmente, que é fundamental ultrapassar a reflexão e
colocar em prática e agir em conformidade com esse sonho que, a meu ver, pode
ser real.
A escola é um lugar, por
excelência, para o efeito. A formação integral de todas as crianças pode e deve
– é imperioso! – focar-se no desenvolvimento de consciências, educando e
formando pessoas mais humanas e despertas e atentas. Uma escola que privilegie
uma formação e educação de conteúdos e práticas em consonância com um mundo
mais fraterno. Uma escola onde as crianças e jovens aprendam a ser e a estar
amorosamente. Um espaço sem espaço para a violência; um lugar acima de tudo de
partilha e tolerância. Uma escola onde sejam transmitidos e, sobretudo, vividos
os valores e princípios que permitiam a experiência e vivência da pessoa humana
na sua plenitude.
Será assim tão difícil?
PS: Se o leitor ou leitora me permite, deixo um abraço
público à minha querida Avó Altina, que no dia 11 completa 95 anos de idade.
*Este texto foi publicado no Jornal o Chapinheiro
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