A
primeira vez que vi o teu rosto. O sol reflectia-se nas nuvens. O vento
estimulava-as. Passavam umas atrás das outras.
A
primeira vez que reparei nos teus olhos. O dourado repercutia-se. O batimento
do meu coração acelerava.
Na
primeira vez que me beijaste, o azul do ocaso fazia-me acreditar que seria um
beijo eterno.
No
primeiro brilho que vislumbrei no teu sorriso, o sol dava o último suspiro da tarde.
A
primeira vez que senti a tua pele na minha pensei que o sol se espelhava nas
tuas mãos. Aquecias-me o peito e o céu transformava-se num
vazio pleno.
A
primeira vez que beijei a tua boca, senti o oceano. Transbordava dos meus
olhos. Tremia. O controlo estava desprovido de sentido.
A
primeira vez que te abracei, a terra estremeceu. O oráculo
de Diana calava todas as palavras. O silêncio.
A
primeira vez que o teu corpo era o meu. A primeira vez que o meu corpo
desaparecia no teu abraço. A eternidade.
A
primeira vez que vi o teu rosto. Tudo. Nada mais era. O teu rosto. O teu rosto.
23 de Junho, 2015
Iguaque, Colômbia
* Escutando "The first time ever I saw your
face", G. M.
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