2 de Maio, 2013,
quinta-feira
Em visita a uma amiga. Sugeriu um passeio. Perguntei se o
gabinete de tatuagens onde fez as suas era perto. Durante a caminhada, passaríamos
pelo tatuador*. Aí ficámos a discutir sobre como e onde seria a tatuagem. A
tatuagem. Living Life Following my Heart.
A marca definitiva. A resposta à questão sobre o custo agradou: “Este é o preço
de amigo. Pegar ou largar”. Peguei sem pensar. Seguindo o coração? Foi por
acaso que a ocasião surgiu. Com não há coincidências, para quê adiar o que há
tanto tempo desejava?
A tatuagem. Uma marca definitiva no corpo. A tatuagem – Living Life Following my Heart. A
tatuagem no tornozelo. Uma marca definitiva neste corpo. De quem é este corpo?
O my na tatuagem em letra minúscula. A
letra minúscula. O corpo deste ser que se quer perder na vida. O ser que quer
aceitar a vida, escutando o coração. A tatuagem no tornozelo esquerdo. O
coração na tatuagem. Há quanto tempo se desenhava a tatuagem? A natureza
definitiva inibia. Em Banguecoque, Trevor – um rapaz canadiano que também leu ‘Crónica
de um pássaro de corda’, de Haruqui Murakami: “A tatuagem é definitiva e?
Remete-te para uma fase da vida”.
Uma vida em movimento. O verbo em continuidade. Vivendo.
Seguindo. A tatuagem. Uma pulseira oferecida no natal com a mensagem no
infinitivo. A pulseira que se mantém desde então. A tatuagem no tornozelo deste
corpo. A tatuagem. A marca a lembrar. Vive a vida. Segue o coração. Definitivo?
Quem sabe até quando seguirei o coração. Hoje foi o coração a comandar. A
tatuagem. A marca definitiva. Lembra-te que a vida é viver. Fluir no amor e com
amor. Escutando, seguindo o coração. Nada mais que isso. A tatuagem. A
lembrança permanente. Vivendo a vida, querendo fluir e seguir o coração.
*o tatuador, o Guilherme, a quem
agradeço a tatuagem que adoro e a fotografia linda. Obrigada Guilherme (http://tatuandohistorias.blogspot.pt/)
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