Debaixo das pedras. Esconde-se.
Longe do mundo. Sai. Vai. Afunda-te. Aprofunda. As pedras são assuntos
perigosos. Deixa-te levar. Sai. Segue. O caminho é suave. A mudança é segura.
As pedras são pausas. Descansa de vez em quando, em cada margem. A viagem é a
tua escola. Os sonhos e os pesadelos ficaram debaixo das pedras. As estrelas no
céu, a poesia que te guia.
Lembra que o poeta é mais alto. As
suas asas são infinitas; voam sem medo do desconhecido. Sai. Como o condor,
voa. Ama sem medo. Ama. Perde-te. Debaixo das pedras a vida não acontece, não
avisa. Não dá. Agarra os segundos e voa, voa como condor. Segue até à cidade perdida
e encontra o lugar. Belo, na fantasia do encontro com a poesia.
20 de Julho, 2015
Em viagem de
autocarro, Guatemala
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