Silêncio. Ausência de percepção de som. O monstro
chega na noite. O silêncio.
A obscuridade assome. Nada é. Tudo
pode ser, no silêncio.
O azul beija a montanha. O céu
sussurra na voz do vento. As folhas movem-se. Tocam-se. Os ramos mexem-se e os
colibris esvoaçam.
Fechas a porta do quarto. A noite
cai. As estrelas começam a
desenhar os mitos. Os pirilampos pululam. E as rãs coaxam numa conversa interminável. Queres escutar o
silêncio.
Os morcegos despertam, então.
Trancas a porta. Os grilos cantam a
lua crescente. As nuvens correm impelidas pelo vento que se embrenha nas árvores. As vozes das raízes mais profundas e
invisíveis
murmuram nas copas agora escuras. Não tens como. O silêncio. A natureza canta. Embala-te.
Desfruta e sonha!
23 de Junho, 2015
Iguaque, Colômbia
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